A quinta edição do Congresso da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats) iniciou a programação científica nesta quarta-feira (30), em Brasília. Em 2024, o evento traz como tema central os “Novos Horizontes na ATS: da inovação à incorporação”. Além de especialistas, o congresso reúne pesquisadores de todo o país para debater avanços, desafios e estratégias no campo da Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS).   

A programação segue até a sexta-feira (1º), incluindo mesas-redondas e apresentações de trabalhos, além de novas iniciativas na programação, como o “Café com Inovação”, uma atividade no formato talk show, e o “Democratizando a ATS”, uma modalidade de exposição de trabalhos científicos nas tardes do evento. Na sexta-feira, também haverá a participação do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics) do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.    

A abertura do evento contou com a participação do secretário-adjunto da Sectics, Leandro Safatle, que ressaltou a importância da centralidade e do fortalecimento da ciência baseada em evidências na atuação do Ministério da Saúde. Safatle destacou também como a ATS está integrada a todas as áreas da secretaria, acompanhando desde o investimento em pesquisa até a incorporação e oferta de serviços de saúde para a população brasileira pelo SUS, indo além das atribuições da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).   

A primeira parte das atividades foi conduzida pela diretora do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (Dgits), Luciene Bonan. "Com as discussões levantadas nas mesas do congresso, queremos abordar como concretizamos, na prática, o desenvolvimento e a inovação para que chegue até as pessoas, que chegue à incorporação e ao acesso dos usuários do SUS ", pontuou Bonan.  

A cerimônia de abertura contou, ainda, com a presença de representantes dos conselhos Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems); Nacional de Secretários de Saúde (Conass); da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); da Rede de Avaliação de Tecnologias em Saúde das Américas (RedETSA); e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Debate entre especialistas 

Uma das mesas-redondas do evento debateu o “Ciclo de vida de tecnologias em saúde” e foi moderada pela titular do Departamento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde e de Inovação para o SUS (Deceiis), Gabriela Maretto. Participaram também Andrea L. Monteiro (HEOR/Clinigen) e Marion Bennie (University of Strathclyde).   

Maretto destacou as iniciativas do departamento para estimular a pesquisa, desenvolvimento e produção local de tecnologias de saúde no Brasil. Ela enfatizou como a ATS subsidia o fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), uma estratégia que visa garantir o abastecimento contínuo de tecnologias para o SUS.

Ela também apresentou ações como o Programa de Desenvolvimento e Inovação Local (PDILe a Matriz de Desafios Produtivos e Tecnológicos em Saúde, que buscam alinhar investimentos do Ministério da Saúde às necessidades concretas dos pacientes.   

Outro painel colocou em discussão o tema “Estratégias para avaliação de desempenho”. A atividade foi moderada por Ana Carolina Lopes, da Dgits, e contou com a participação dos palestrantes Augusto Guerra (UFMG), além de Amani Ismael Baker Kurdi e Marion Bennie (University of Strathclyde). A Rede conta hoje com mais de 1.000 membros e 120 Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Natsregistrados em todas as regiões do Brasil, o que reforça a sua capilaridade em todo o país. 

Fonte Ministério da saúde