A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) iniciou na segunda-feira (4a terceira edição do “Seminário Saúde Indígena – Um SasiSUS para o Bem-viver”. Dividido em etapas regionais, desta vez o encontro acontece em Cuiabá (MT), com a participação dos seis Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) que compõem a região Centro-Oeste do país, e um público que reúne profissionais da saúde indígena, lideranças, organizações e usuários do Subsistema de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (SasiSUS).
Na ocasião, a secretária-adjunta da Sesai, Lucinha Tremembé, explicou o objetivo dos seminários e comemorou as edições já realizadas: “Esta estratégia de realizar os seminários por regiões foi planejada para que, mais do que participação e escuta ativa dos parentes de todos os cantos do Brasil, tivéssemos também um espaço de troca sobre as especificidades de cada região, e a importância de considerá-las no momento em que estivermos prontos para elencar as alterações necessárias que faremos na Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (Pnaspi). As duas edições anteriores nos mostraram que estamos no caminho certo e, aqui no Centro-Oeste, poder contar com a participação de seis Dsei, que têm uma população indígena expressiva, é uma riqueza para a gente. É essencial”.
Representantes de organizações parceiras também estiveram presentes e compuseram a mesa na cerimônia de abertura, a exemplo da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Fiocruz, Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Conselho Nacional de Saúde (CNS), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), além de representantes dos Dsei.
A secretária de Gestão Ambiental e Territorial Indígena do Ministério dos Povos Indígenas, Ceiça Pitaguary, ressaltou a importância da realização dos seminários e suas consultas aos povos indígenas, e relembrou que abordar temas como o bem-viver é de suma importância para a saúde indígena, pois o território, a cultura e os costumes são indissociáveis da saúde física, mental e espiritual. “Não há como falar em saúde indígena e deixar de lado o nosso bem-viver, não há como esquecer nossos territórios e o quão importante é que sejam seguros e protegidos, sem intrusão. E nessa gestão do governo Lula, com uma ministra indígena, com um secretário de Saúde Indígena, e comigo nesta secretaria, a escuta dos nossos parentes é primordial. Só assim vamos trazer as realidades que vivemos nas aldeias e realizar as mudanças pelas quais há tanto tempo lutamos”, disse.
A organização do evento confirmou cerca de 211 participantes inscritos, que se dividirão em grupos para discutir as questões propostas acerca dos seis eixos temáticos norteadores elencados na metodologia, que são:
- Articulação dos Sistemas Indígenas de Saúde
- Programa Nacional de Saneamento Indígena
- Modelo de Atenção e Organização dos Serviços de Saúde
- Determinantes Sociais da Saúde
- Gestão do Trabalho e Educação na Saúde
- Controle Social, Gestão Participativa e Financiamento
O encontro acontece até quinta-feira (7).
Fonte Ministério da saúde