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PIB do Brasil cresce 0,9% no terceiro trimestre de 2024

Publicada em: 03/12/2024 19:33 - Economia

A economia do Brasil cresceu 0,9% no terceiro trimestre, ligeiramente acima das expectativas do mercado, devido a um impulso na indústria, nos serviços e nos gastos das famílias, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira (3).
 
O resultado indica um crescimento de 4% no Produto Interno Bruto (PIBem relação ao terceiro trimestre de 2023, uma boa notícia para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrenta a desconfiança dos investidores.
 
Nos primeiros nove meses do ano, acumulou-se um aumento de 3,3%.
 
 
O Ministério da Fazenda comemorou o "ritmo de crescimento seguiu robusto" e estimou que a projeção de crescimento para 2024 "deverá ser revisada para cima", segundo nota da Secretaria de Política Econômica.
 
O crescimento do PIB entre julho e setembro foi menor em relação ao primeiro (+1,1%e ao segundo trimestres ( 1,4%), de acordo com dados publicados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Mas o resultado superou levemente as expectativas do mercado, que projetava um aumento de 0,8%, segundo instituições financeiras consultadas pelo jornal Valor Econômico.
 
 
O desempenho da economia brasileira no terceiro trimestre foi marcado pelo avanço dos serviços (0,9%e da indústria (0,6%).
 
Este impulso compensou a queda na agricultura (-0,9%), que enfrentou eventos climáticos extremos este ano, como secas recordes em diversas regiões e graves inundações em abril e maio no sul do país.
"Sinais de resiliência" -
 
Os gastos das famílias (1,5%e do governo (0,8%também contribuíram para o crescimento, informou o IBGE.
 
Os dados confirmam a recuperação econômica após um crescimento quase nulo no segundo semestre de 2023.
 
"A atividade econômica continua mostrando sinais de resiliência no curto prazo", afirmou o analista André Perfeito.
 
Enquanto isso, o desemprego no Brasil registrou seu nível mais baixo desde 2012 no trimestre agosto-outubro (6,2%).
 
Mas o governo Lula enfrenta a desconfiança do mercado em relação ao seu pacote de ajuste fiscal de aproximadamente R$ 70 bilhões até 2026, anunciado na semana passada.
 
O governo anunciou, ainda, que ajustará o teto do salário mínimo e revisará os limites salariais e os benefícios dos funcionários públicos.
 
 
 
Fonte Diário de Pernambuco 
 
Em paralelo, informou que favorecerá os cidadãos de renda média com um corte de impostos.
 
Em resposta, o dólar ultrapassou os 6 reais pela primeira vez na história.
 
O corte tributário pode reforçar outro mal-estar na economia: a inflação.
 
Em outubro, o aumento de preços no país registrou 4,76% em 12 meses, ultrapassando o limite de 4,50%, a margem de tolerância oficial.
 
A inflação foi o principal argumento do Banco Central para iniciar um ciclo de ajustes que elevou a taxa de juros duas vezes seguidas, para 11,25%.
 
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o PIB brasileiro crescerá 3% em 2024, acima da média de 2,1% prevista para o conjunto da América Latina e Caribe.
 
 
Fonte Diário de Pernambuco 
 
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