Depois de ter alcançado um novo recorde e ser negociado a R$ 6,20, o dólar fechou a terça-feira (17/12perto da estabilidade, avançando 0,02%, a R$ 6,09. A oscilação ao longo do dia teve como pano de fundo o risco fiscal brasileiro. A moeda americana só reverteu a alta depois de dois leilões de dólares promovidos pelo Banco Central (BC). O primeiro leilão vendeu US$ 1,2 bilhão, enquanto o segundo, US$ 2 bilhões.
O mercado também reagiu à indicação do presidente de Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que os deputados vão começar a analisar ainda nesta terça o pacote de corte de gastos proposto pelo governo. O pacote de ajuste fiscal conta com um Projeto de Lei (PL), um Projeto de Lei Complementar (PLPe uma proposta de emenda à Constituição (PEC). A expectativa da equipe econômica é economizar aproximadamente R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.
A escalada do dólar hoje foi ainda motivada pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que avaliou justamente a disparada da moeda nas últimas semanas como um dos fatores para aumentar os juros brasileiros. Segundo Sérgio Goldesntein, estrategista-chefe da Warren Investimentos, a ata aponta os diversos fatores que embasaram a decisão e o guidance do Copom, cuja conclusão foi a de uma deterioração relevante, no cenário de inflação, tanto dos determinantes de prazo mais curto, como a taxa de câmbio e a inflação corrente, quanto dos de médio prazo, como o hiato do produto e as expectativas de inflação.
Fonte Diário de Pernambuco