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Consumo nos lares brasileiros aumenta 7% em novembro

Publicada em: 19/12/2024 20:05 - Economia

O consumo nos lares brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), cresceu 7% em novembro, na comparação com o mês anterior. Em relação a novembro de 2023, a alta é de 4,40% e, no acumulado do ano, de 2,85%. O resultado inclui os formatos de lojas do tipo atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e comércio eletrônico. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, as promoções da Black Friday ajudaram a impulsionar as vendas de novembro, que contaram com o pagamento do 13º salário, aumentando o volume no último fim de semana do mês. "Durante a Black Friday, o consumo teve elevação de 27,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os itens mais procurados, destacaram-se artigos natalinos, bebidas, como sidras, pisco, whisky, champanhe e gin, panetones, carnes típicas de natal e frutas em calda", disse.
 
Milan também atribuiu a alta ao aumento do emprego formal, à liberação de R$ 1,3 bilhões para os aposentados a partir de julho, ao pagamento de R$ 27,7 bilhões do PIS/Pasep, ao pagamento do lote residual do Imposto de Renda (R$ 559 milhões), do Bolsa Família (R$ 14,11 bilhõese à liberação de R$ 2,4 bilhões de Requisições de Pequeno Valor para aposentados e pensionistas.
Conforme o levantamento, os descontos oferecidos no período reduziram os preços da cesta natalina em quase 7% na média nacional. A maior queda foi registrada em aves natalinas, panetones e sidras. O valor médio da cesta passou de R$ 345,83 para R$ 320,76, representando uma economia de R$ 25,07.
 
A maior redução ocorre na região Sul (-11%), seguida do Centro-Oeste (-9,75%), Nordeste (-9%e Sudeste (-7,5%). Já no Norte, os preços apresentam alta de +1,5%, devido as questões logísticas que pressionaram os custos.
 
A pesquisa abrange produtos de marcas próprias dos supermercados, marcas regionais e tradicionais, incluindo aves natalinas, azeite, caixas de bombons, espumantes, lombos, panetones, pernis, perus, sidras e tender. O levantamento de preços foi feito entre os dias 12 e 17 de dezembro.
 
Segundo a Abras, com a terceira alta consecutiva nos preços dos alimentos, novembro terminou com a AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza), em alta de 3,02% na comparação com outubro. Os preços passaram de R$ 757,49 para R$ 780,36, na média nacional. No ano, a variação é de 8%. Em 12 meses, os itens da cesta subiram 9,46%.
 
Todas as carnes tiveram alta nos preços em novembro: carne bovina – cortes do dianteiro ( 8,87%e cortes do traseiro ( 7,83%), pernil ( 6,67%e frango congelado ( 2,50%). A única proteína animal cujo preço caiu foi o ovo (-1,23%).
 
A pesquisa mostrou que a maior variação nos preços veio do óleo de soja ( 11%), seguido de café torrado e moído ( 2,33%), batata ( 2,18%), extrato de tomate ( 1,10%), leite em pó integral ( 0,94%), açúcar refinado ( 0,85%e farinha de mandioca ( 0,25%). As quedas foram puxadas por cebola (-6,26%), leite longa vida (-1,72%), papel higiênico (-0,71%e feijão (-0,51%).
 
As variações por região foram: Norte ( 3,94%), com os preços da cesta saindo de R$ 816 para R$ 848,16; Centro-Oeste ( 3,30%), de R$ 716,12 para R$ 739,75; Sudeste ( 2,98%), de R$ 776,03 para R$ 799,15; Nordeste ( 2,45%), de R$ 675,95 para R$ 692,53, e Sul ( 2,18%passando de R$ 839,08 para R$ 857,34.
 
Fonte Diário de Pernambuco 
 
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