O Ministério da Saúde concluiu a semana com uma caravana técnica que percorreu sete estados para apoiar estados nas ações de controle das arboviroses, como dengue, Zika e chikungunya. A iniciativa, conduzida pela equipe do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COEpara Dengue e outras Arboviroses, busca fortalecer a vigilância epidemiológica, a assistência à população e a reorganização dos serviços de saúde. Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Roraima foram os estados inicialmente beneficiados pela ação.
A caravana é parte do esforço contínuo do Ministério da Saúde para prevenir e controlar essas doenças, especialmente no período sazonal, quando os casos tendem a aumentar. Em janeiro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a instalação do COE para monitorar a situação epidemiológica no país e lançou um novo Plano de Contingência Nacional para ampliar a rede assistencial e conter o avanço das arboviroses.
Além do suporte técnico, os estados receberam orientações para implementar ações de educação em saúde e mobilização social, focando na eliminação de criadouros do mosquito transmissor. Desde 2023, o Ministério acompanha de perto o cenário epidemiológico, destinando R$ 1,5 bilhão para fortalecer ações para controle das arboviroses em todo o território nacional.
Ações estratégicas nos estados
No Espírito Santo, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, participou de encontros com representantes da Secretaria Estadual de Saúde e equipes técnicas locais. O objetivo foi intensificar o controle das arboviroses e enfrentar o avanço do vírus Oropouche, que apresenta alta incidência no estado.
No Amazonas, Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, destacou a importância da cooperação entre estados e municípios para enfrentar essas doenças. Já em São Paulo, o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde, Rivaldo Cunha, apresentou tecnologias como o método Wolbachia, Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLse insetos estéreis, adaptadas às realidades locais.
No Amapá, a equipe do COE Nacional ajudou a implementar uma sala de situação para monitorar as arboviroses, fortalecendo a resposta aos 30 casos de dengue notificados no estado entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025.
No Paraná, a equipe do Ministério se reuniu com o secretário municipal de saúde de Foz do Iguaçu e presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (COSEMS-PR), Fábio de Mello, com o assessor de Responsabilidade Social da Itaipu Binacional Brasil, Eduardo Scirea, e representantes do World Mosquito Program para discutir a ampliação do método Wolbachia no estado.
No Amazonas, a proposta foi aprimorar a cooperação entre os municípios e o Ministério da Saúde. Além disso, foram discutidas ações de apoio aos municípios com aumento no número de casos de dengue e a ampliação da cooperação para o melhor entendimento da biologia dos culicídeos.
Plano de Ação e inovações tecnológicas
O Plano de Ação para Redução da Dengue e outras Arboviroses 2024/2025 incorpora novas tecnologias para o controle do vetor. Entre as principais iniciativas estão:
- Expansão do método Wolbachia de três para 40 cidades;
- Implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas;
- Uso de borrifação residual intradomiciliar em áreas de grande circulação;
- Instalação de 150 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas na primeira fase do projeto;
- Aplicação do Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTIpara controle do mosquito.
Plano de Contingência Nacional
Outra iniciativa importante do Ministério da Saúde é o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika, atualizado em 2024. O documento estabelece diretrizes para a prevenção, controle e assistência em saúde durante surtos e epidemias dessas doenças. O plano também reforça a importância de uma resposta organizada e eficiente, com a integração das diferentes esferas de governo e a participação ativa da população.
Importância da atuação integrada
A criação do COE Dengue demonstra o compromisso do Ministério da Saúde com a gestão eficiente das emergências de saúde pública. Ao promover a articulação entre diversos setores e garantir uma resposta ágil, o centro contribui para a redução de casos de arboviroses e para a proteção da saúde da população brasileira.
Fonte Ministério da saúde