Coloproctologista Danilo Munhóz fala sobre diagnóstico, prevenção e tratamentos para cânceres coloproctológicos
No dia 4 de fevereiro, o mundo se une na conscientização e combate ao câncer, uma das principais causas de morte atualmente. O Dia Mundial do Câncer é uma oportunidade para reforçar a importância da prevenção, detecção precoce e tratamento dessa doença que afeta milhões de pessoas.
Pouco se discute sobre os tipos de câncer que afetam o cólon, o reto e o ânus, embora esses sejam temas de extrema relevância para a saúde pública. Essas formas de câncer representam uma parcela significativa dos casos oncológicos no mundo, mas muitas pessoas ainda não têm conhecimento suficiente sobre seus sintomas, fatores de risco e métodos de prevenção.
“A falta de informação pode atrasar o diagnóstico precoce, que é crucial para aumentar as chances de sucesso no tratamento. É vital que campanhas de conscientização sejam intensificadas para alertar a população sobre a importância das consultas médicas regulares e dos exames preventivos, além de promover a desmistificação do tema, encorajando um diálogo aberto e informado sobre essas condições", explica o coloproctologista Danilo Munhóz.
Os coloproctologistas são especialistas que tratam uma variedade de doenças do trato gastrointestinal inferior, incluindo várias formas de câncer. Eles desempenham um papel fundamental tanto na prevenção, por meio de exames de rastreamento, quanto no tratamento das doenças já diagnosticadas. Entre os tipos de câncer que estes especialistas podem tratar, destacam-se:
Câncer de Cólon: O câncer de cólon é um dos tipos mais comuns e, felizmente, pode ser amplamente prevenido por meio de exames regulares, como a colonoscopia, que permite detectar pólipos antes que eles se tornem cancerígenos. Embora existam diversas estratégias de prevenção, recomenda-se, entre as principais, adotar uma dieta rica em fibras, praticar exercícios físicos regularmente e reduzir o consumo de álcool e tabaco. Quando diagnosticado, o tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia.
"A colonoscopia é um procedimento chave na descoberta antecipada do câncer colorretal, permitindo a identificação e remoção de pólipos antes de se tornarem malignos. É recomendada para indivíduos a partir dos 45 anos, ou mais cedo para aqueles com histórico familiar de câncer colorretal ou condições que aumentem o risco. Submeter-se a esse exame pode não somente salvar uma vida, mas também proporcionar tranquilidade por meio da prevenção", exemplifica o especialista.
Câncer de Reto: semelhante ao câncer de cólon, suas causas e prevenção estão intimamente ligadas aos hábitos alimentares e de estilo de vida. Os exames de detecção precoce são fundamentais para um prognóstico positivo, e o tratamento inclui opções como radioterapia, quimioterapia e cirurgia.
"O diagnóstico de câncer de reto é geralmente realizado através de uma combinação de exames e procedimentos. Os principais exames incluem a colonoscopia ou sigmoidoscopia, que permitem a visualização direta do interior do reto e cólon; e exames de imagem como a ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassonografia endoscópica para avaliar a extensão do câncer. Exames de sangue como o antígeno carcinoembrionário (CEA), um marcador tumoral, também podem ser utilizados para fornecer informações adicionais", explica Danilo Munhóz.
“A cirurgia é, frequentemente, a principal linha de tratamento, com o objetivo de remover o tumor e parte do tecido saudável ao seu redor para garantir que todas as células cancerígenas sejam eliminadas. Nos avanços cirúrgicos, a cirurgia minimamente invasiva, como a laparoscopia, tem se destacado como uma opção moderna e eficaz. Esta técnica envolve pequenas incisões para inserir câmeras e instrumentos cirúrgicos, permitindo ao cirurgião visualizar e operar com maior precisão. Além disso, a cirurgia robótica é outra inovação que oferece maior destreza e controle ao cirurgião, potencialmente reduzindo o tempo de recuperação e melhorando os resultados pós-operatórios", complementa.
Essas abordagens cirúrgicas avançadas visam minimizar o impacto físico da cirurgia, reduzir complicações e facilitar uma recuperação mais rápida, preservando ao máximo a qualidade de vida do paciente.
Câncer de Canal Anal: menos comum que os demais, este tipo está frequentemente associado à infecção pelo papilomavírus humano (HPV). O diagnóstico, geralmente, começa com uma avaliação clínica detalhada seguida por um exame físico minucioso, incluindo toque retal, para identificar alterações. Caso seja necessário, uma anuscopia ou uma sigmoidoscopia pode ser realizada para visualizar melhor o interior do canal anal e do reto. A confirmação do diagnóstico é feita por meio de uma biópsia. Em termos de prevenção, a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPVé um fator de risco significativo, portanto, a vacinação contra o HPV é uma medida preventiva importante. Além disso, o uso de preservativos e a prática de sexo seguro podem ajudar a reduzir o risco. Após o diagnóstico, o tratamento mais comum é a combinação de quimioterapia e radioterapia para atacar as células cancerígenas. Em casos onde o tumor não responde ao tratamento ou ocorre recidiva, a cirurgia pode ser necessária. A escolha do tratamento depende de vários fatores, incluindo o estágio do câncer e a saúde geral do paciente.
Incluir um check-up com um coloproctologista na rotina de cuidados com a saúde é fundamental para a prevenção e detecção precoce das doenças intestinais. É com ele que o profissional pode identificar antecipadamente pólipos ou outras alterações no cólon e reto, que podem ser removidos antes de se tornarem cancerígenos.
Além disso, consultas regulares permitem que os médicos avaliem sintomas e possam orientar sobre hábitos saudáveis de alimentação e higiene, que são cruciais para a saúde intestinal. Ao priorizar esses exames preventivos, as pessoas não apenas protegem sua saúde atual, mas também tomam medidas proativas para garantir um futuro mais saudável e livre de complicações sérias.
Fonte Destak Comunicação