A Argentina se prepara para uma greve geral de 24 horas em resposta às políticas de ajuste fiscal implementadas pelo presidente Javier Milei. A mobilização, que é organizada pelas principais centrais sindicais do país, teve início com protestos em frente ao Congresso Nacional e está programada para começar à meia-noite de quinta-feira (10). Os manifestantes levantam diversas bandeiras, incluindo a defesa de salários justos, direitos dos aposentados, proteção da indústria nacional, retomada de obras públicas e um plano nacional de emprego. Além disso, eles exigem o fim da repressão às manifestações sociais, alegando que suas liberdades e direitos estão sendo desrespeitados, e criticam a falta de diálogo do governo.
A greve é coordenada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), pela Central de Trabalhadores da Argentina Autônoma (CTA-Ae pela Central de Trabalhadores e Trabalhadoras da Argentina (CTA-T). Este movimento representa a terceira paralisação conjunta das três centrais, demonstrando a união da classe trabalhadora em torno de suas reivindicações.
Hugo Godoy, secretário-geral da CTA Autônoma, destacou que a mobilização reflete a determinação dos trabalhadores em conter as políticas do governo Milei. Em contrapartida, o presidente compartilhou uma declaração do ministro da Desregulação e Transformação do Estado, Federico Adolfo Sturzenegger, que minimizou a importância da greve, classificando-a como uma “tentativa de extorsão” por parte dos sindicatos.
Em meio a esse cenário de tensão social, o Fundo Monetário Internacional (FMIanunciou um novo acordo com as autoridades argentinas, que envolve um empréstimo de US$ 20 bilhões. No entanto, a liberação desse recurso depende da aprovação do Conselho Executivo do FMI. O objetivo do acordo é estabilizar a economia da Argentina e apoiar reformas que busquem consolidar a estabilidade macroeconômica, além de promover um crescimento sustentável.
Fonte Jovem Pan